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Inimigo silencioso: conheça os perigos da hepatite medicamentosa

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Sabe aquele chá emagrecedor que você toma há anos para combater as gordurinhas indesejadas? E aquele suplemento milagroso para sua dieta fitness eterna? Ou ainda seu analgésico quase de estimação para combater a dor de cabeça que você já conhece? Todos podem parecer inofensivos, mas apresentam grandes riscos à saúde, especialmente quando seu uso é contínuo. Estamos falando da Doença Hepática Induzida por Drogas (DILI, do inglês Drug Induced Liver Disease), também conhecida como Hepatotoxicidade ou hepatite medicamentosa.

Poucos são os dados sobre a epidemiologia da doença hepática induzida por medicamentos ou complementos alimentares no Brasil. Um projeto de pesquisa em andamento, do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde da UFBA, coletou dados de 12 Centros de Transplante Hepático, no período de 1999 a 2015. Foram identificados 207 casos de Insuficiência Hepática Fulminante, sendo que 35% do total (72/207) foram relacionados a medicamentos.

Em Salvador, o Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos (Complexo HUPES | UFBA | EBSERH) tem o primeiro ambulatório multidisciplinar de doença hepática induzida por drogas do Brasil. No ambulatório de Hepatotoxicidade, o paciente é avaliado por uma equipe multidisciplinar, que envolve o setor de farmácia, clínica médica e hepatologia, e é direcionado para o tratamento. O professor Raymundo Paraná, médico hepatologista do HUPES, está à frente do serviço.

A enfermidade trata-se da inflamação do fígado causada por drogas, fitoterápicos, insumos vegetais (chás), medicamentos ou suplementos alimentares. Essas lesões podem variar quanto a gravidade, desde casos sem sintomas (a maioria) apenas com elevação das enzimas hepáticas, até casos de insuficiência hepática fulminante ou cirrose, necessitando de transplante de fígado.

Os sintomas mais comuns são cansaço, coçeira, febre, dor abdominal e icterícia (olhos amarelados). Em todas as circunstancias é aconselhável consultar um médico hepatologista para o tratamento da condição. Nos casos mais simples a descontinuação da medicação ou do suplemento pode ser suficiente, mas nos casos graves são necessárias medicações específicas.

Além do acompanhamento e tratamento da doença, o HUPES desenvolve uma série de pesquisas relacionadas ao tema. Periodicamente, de acordo com os atendimentos, o professor Raymundo Paraná encaminha para Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) os dados obtidos no ambulatório, através do Centro de Farmacovigilância do Complexo HUPES, a fim de municiá-la com as informações necessárias para executar políticas e ações nesta área.

Devido a variedade de sintomas e condições relacionadas às doenças do fígado, muitas vezes pode ser difícil identificar a causa específica da enfermidade, até por isso muitos pacientes não são encaminhados para o tratamento correto. O serviço no ambulatório do HUPES começou em dezembro de 2015 e até hoje registrou aproximadamente 80 atendimentos, sendo diagnosticados cerca de 15 casos confirmados de hepatotoxicidade.

 

Serviço

O atendimento acontece às quintas-feiras, das 13h às 18h, no 4º andar do Ambulatório Magalhães Neto (AMN). Para ser atendido no serviço, o paciente, com suspeita diagnóstica de Doença Hepática Induzida por Droga (DILI), deve ser encaminhado pelo médico da rede SUS, por meio de um relatório.

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