II Congresso Internacional de Hipermobilidade, Síndrome de Ehlers-Danlos e Dor

A Famerp/Funfarme realizou entre os dias 21 e 23 de agosto, o 2º Congresso Internacional de Hipermobilidade, Síndrome de Ehlers-Danlos e Dor, em São José do Rio Preto (SP), com a presença de alguns dos maiores especialistas do mundo. Pela segunda vez o encontro foi promovido na cidade por ser reconhecida como um centro de referência no tratamento de pacientes hipermóveis e SEDianos, através do ambulatório do Hospital de Base.

Entre os vários aspectos da Síndrome a serem discutidos estão sinais, sintomas e assistência para casos de dor, fadiga, distúrbio do sono, atraso motor benigno, dor do crescimento, dor articular, déficit de atenção e concentração, dislexia, pés planos e osteoartrose, etc.

“Acima de tudo, o Congresso é uma vitória para os pacientes. Por ainda ser uma doença desconhecida e pela falta de capacitação profissional na área, nós sentimos a necessidade de reunir os maiores especialistas no assunto e transmitir todo o conhecimento possível nos três dias de evento”, disse a fisioterapeuta Neuseli Lamari, livre docente em Fisioterapia, professora adjunta do Departamento de Ciências Neurológicas da Famerp e que estuda e reabilita estes pacientes há 26 anos, sendo assim uma das maiores especialistas do Brasil.

Reflexo do quanto a hipermobilidade é problema que merece atenção foi o estudo realizado pela Funfarme/Famerp que revelou que 41% das crianças do município de Rio Preto têm algum tipo de hipermobilidade. Foram avaliados 1.739 alunos da rede pública, com idades entre 6 e 13 anos. Desse total, 719 foram classificados como hipermóveis. São crianças com facilidade em dobrar ou estender as articulações de braços, pernas e joelhos além do normal, que podem resultar em graves riscos para a saúde.

 
Saiba mais sobre a hipermobilidade

A hipermobilidade é uma característica causada por uma falha genética no colágeno, proteína que dá sustentação à maioria dos tecidos corporais, tais como, tendões, ligamentos, músculos, ossos e vasos do corpo. Logo, pacientes dessa doença, os chamados hipermóveis, desenvolvem a capacidade de dobrar ou estender as articulações além dos padrões. Muitas vezes, tal condição é erroneamente considerada uma vantagem.

Fonte: Assessoria de Imprensa / Funfarme